Era pequena demais
Não sabia nada sobre a vida
Não sabia o que era amor,
Apenas sentia
Um amor quase nunca notado.
Na tua mão, a minha se
escondia
Era frágil e pequenina
E sentia a tua rejeição sem
saber se isso existia.
Foste embora e levaste
contigo a ilusão
De uma pré-adolescente
Que naquele tempo já entendia
muitas coisas
Mas que desconhecia
O porquê da tua frieza
E da tua partida.
Aos 16 anos ainda lembro do passado
Um passado que depois de
muito tempo
Ainda se faz presente.
Não só na minha memória esse
passado me atormenta,
Porém nos teus olhos ainda
vejo a tua indiferença.
Contudo te perdoei, pois és
meu pai,
E porque te amo demais.