Nada que delimitem no tempo ou situem no espaço
Tem a força dos teus passos largos,
As flores colhidas em teu regaço
E som da tua voz naquele momento.

Teu corpo pinta o que é belo
Tua boca profana o incurável
E alto infringido pecado
Que fugiu de ti sem a força do acaso
Mas fruto de uma decisão que não conseguiste manter.

E assim me puseste longe 
E fizeste por onde meu amor abdicar
E agora sofres teu feito
Que os anos não fizeram aplacar.

Pegas meu desejo ainda inflamado
Exigindo respostas de imediato
E prometendo a mim dedicar...
E a ti olho com olhos laços
Sem saber o que falar.

O meu ego dilacerado com as lembranças do passado
Pensam no mal já amenizado 
Nas lágrimas esgotadas,
Nas noites mal sonhadas
E nas sombras que tive que me lançar...

Era pra(z)ser sem fim
Meu amor guardado, mudo
Inerte, mas não nulo
Não sabe o que te ofertar.
Minha cara, talvez,
e somente talvez,
Te queira para sonho e não para te amar.



Um comentário:

  1. Belíssimooooo! Maravilhosoooooooooo! Somos uma família que ama na poesia, o romantismo pra(z)ser imortal!

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