Tens a façanha de produzir sorrisos
E de teu corpo maduro a substância de desejos contidos
Tuas palavras são como indícios de um ser narciso 
E teus cabelos como de Medusa a lançar feitiços.

Teu cheiro passa e fica 
Segredados em minha memória alada
Tens por vezes olhos que de tão tristes
Impulsionam-me as lágrimas.

Tinha costume de olhar-te meses a fio
Sem ousar proferir as palavras
E quando fiz conheci o vazio
Que só tua presença sarava.

Viciei, me cortei e até sofri
E hoje por mais que queira livrar-me
A vida me impõe a ti.

Seja qual for a magia que exerces 
Livra-me, poupa-me sentir.
Que não és para ninguém e tão pouco para mim
Então te exorto desprega-te de mim.

2 comentários:

  1. Muuito Boom!
    Exepcional.. em relação á Exortação!

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  2. É impossível adjetivar seus poemas que não sejam com as palavras MARAVILHOSO, INDESCRITÍVEL, INEFÁVEL!

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