Como ninguém mais nina,
Sufoco meus devaneios
E embalo-me ao canto mudo da memória
Tantos frustres desesperos.
A escrita, por mais alma que possa doar,
Apoia-se nas paredes do tinteiro
Um cansaço nina, míngua a vontade de estar perto.
E, por mais perto que outras vontades possam dar,
Ponho-me estrangeiro.
As cantigas tristes que o vento traz
Não são diferentes das que trago no peito
Todas falam de um tempo
Mas pouco trazem as linhas que liguem
As mãos ao berço.
Como uma aspiração nina, poderá viver de vento?
Até quando sobreviverá?
Talvez o tanto de Cucas que se pode suportar. (17/4/14)