Uma emoção rígida quanto possível
Faz-me estremecer os gestos largos,
De douradas sensações prontas e tristes
Levando-me, em sons, a pôr ondas em meus lábios.

Mordo, em delírios, os gestos convidados
A interagir com a vida morta da degeneração dos nossos laços.
Coando, remoendo, dessecando
Os plebeus sons no encalço.

Os corpos sonhados rodeados de incensos.
Deitados líquidos por não serem rochas,
Tanta beleza reluzindo aquosa
Digestivo de asas e pulsando manhãs.

Como ousar pôr as mãos atadas
Se os sonhos as querem rodopiando um
Mundo entre os dedos.
As lembranças voluminosas da estação
Que nos desfolham em desassossego.


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