Vejo a praia que és tu
Em ondas a tatear, me
buscar e recuar.
Vejo a lua que também
és tu
Que de cheia começa a
minguar,
E que já não inspira o
violão;
Nem os trovadores;
Nem as senhoras, nem os
senhores;
Nem mesmo os lobos;
Nem as sereias;
Nem o mar.
Vejo a relva que foste
tu
A esverdear e secar.
O sol que também foste
tu
Que vivia a me
acalentar,
E que agora queima a
cera que liga as penas que roubei dos pássaros para te alcançar.
Vejo-me triste a
definhar
Tal como as folhas de
outono
Que caem para o inverno
chegar.
Vejo-me como um fósforo
riscado;
Um cigarro frio;
Um marinheiro sem
navio;
A fé que não sabe
acreditar.
Mas o que és e o que
foste pouco importa
O que serás há de ser
meta.
As lembranças lançarei
aos pombos para alimentá-los
E o meu amor asfixiado
ficará.
Tudo para te
transformar na memória inútil
De um amor que não
soube durar.
Linnnnnnnnnnnnnnnndo!!! Maravilhosooooooooo! É o q farei com a lembrança de algumas pessoas... laçarei aos pombos!!!!
ResponderExcluirLembranças- são elas boas ou ruins, lindas ou feias, meigas ou irônicas, verdadeiras ou falsas... sempre serão lembranças, são elas que alimentam nossas nostalgias e insônias, são elas que nos fazem ser quem somos.Algumas lançamos aos pombos, mais prefiro lança-las ao mar, na esperança que um dia irá voltar.
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