"...E quando o susto passar
O que se vai fazer?
Você perde quando
Paralisa-se
E vai perder de novo se não
Se mexer
Isso eu sei..."

Paralisa- Pedro Veríssimo


Um sonho onde o leito são nuvens
E um agosto ao gosto da coincidência
Mira e erra a previsão
Tornando a figura alheia  uma presença afônica
Cujo apenas os braços estão abertos para um amplexo que acolhe.

Do ósculo que me roubaram em somnia
E o ósculo desperto que não roubei,
Tornou do sonho uma realidade desconcertante
Onde tortuosas ondas internas
Sequer ousaram lamber os pés do propósito.

Ao toque de um abraço vertical
Há um desmaio da coragem
Um ato fânero em que toda força subcutânea se desfaz
E a previsão de ser alvo de um ósculo
Nem um ósculo consegue dar. (18/05/14)

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