Ao discernir que espera
Não provém esperança
Vago em olhos rasos
E mínguo o esforço para que me importe.

Assomam-se dias que o luto morre.
E nos raros que ainda agoniza,
É sob o julgo hormonal que se homizia.
Efeitos lunares e eclipses vulgarizam
O que doravante se dava em primazia.

Degluta ideia não tardaria
E triste, vejo o fim que enfim chegaria.
Passadas largas atravessam arcaica ponte
Que de velha não mais aguentaria.

Sob o lápis guiam significantes;
Infra-saberes postos sobre a tela;
Palavras limítrofes entre o lambuzar e a dolência...
E notas como rastros de um enunciado
Que já haviam dado os indícios bilíngues e biografemáticos
De quem me coloca como referência.

...Leitura de contrações onde inflamo e incido tudo...

Sigo intertextualizando e não ouso me culpar
Pelo ser inanimado do ventre amorável,
Pois também sou mãe e também tenho engravidado.
-Gêmeos siameses de corpos separados-

...Mas ao consternar-me com as batidas que meu âmago emana,
Dos momentos memoráveis e estáticos que giram fâneros em consciência.
Das lembranças Fênix onde as mágoas não mais atormentam,
Lembro-me de um nós e lembro-me das flores,
Contudo, o futuro de nada como pressuposto
Pelo “mais” que fomos expostos,
São os algozes famintos que a vida mostra sem pena.

Amores órfãos e pagãos da indiligência de um sentir mútuo,
Onde no símbolo do infinito se manifesta:
Pais, eis os teus filhos- Filhos, eis os teus pais.