A corda, meu amor,
De todo amor afrouxa,
Todo mais vira menos
Toda cor desbota,
E todo som já virou silêncio.
É quando pasmo ao ver o céu como sombra
Com suas nuvens pesadas e pêndulas de líquidos.
No mesmo instante que as folhas caem e vento geme
Em momentos de paisagens dos meus pensamentos.
-Ré, faça seu pedido!
Ou desenhe em qualquer pele o infinito
Pois a plúmula, em nosso íntimo, é uma flor-de-baile
Cujo sol é a empáfia que não se pode ter.
Uma emoção rígida quanto possível
Faz-me estremecer os gestos
largos,
De douradas sensações prontas e
tristes
Levando-me, em sons, a pôr ondas
em meus lábios.
Mordo, em delírios, os gestos convidados
A interagir com a vida morta da
degeneração dos nossos laços.
Coando, remoendo, dessecando
Os plebeus sons no encalço.
Os corpos sonhados rodeados de incensos.
Os corpos sonhados rodeados de incensos.
Deitados líquidos por não serem
rochas,
Tanta beleza reluzindo aquosa
Digestivo de asas e pulsando
manhãs.
Como ousar pôr as mãos atadas
Se os sonhos as querem rodopiando
um
Mundo entre os dedos.
As lembranças voluminosas da estação
Que nos desfolham em
desassossego.
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Quem sou eu
- Renie Raz
- Se quiseres me conhecer, sua visão terá que ir além da noturna insônia. Terá que dar asas aos seus loucos pensamentos E não se espantar se eles seguirem os limites traçados pela vulgaridade.
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